Dados do Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia revelou que 33 milhões de brasileiros passam fome no País. Outros 125 milhões enfrentam algum nível de insegurança alimentar. “Esses tristes números também são reflexo da crise decorrente da emergência sanitária, provocada pela pandemia da Covid-19. São informações alarmantes, que devem ser utilizadas por nós, representantes do povo, para definirmos que lutas travaremos para melhorar a condição de vida da nossa população”, ressaltou a senadora Maria do Carmo Alves (PP-SE).
De acordo com o Inquérito, dos 125 milhões de brasileiros que estão em insegurança alimentar, 59 milhões vivem em patamar leve, 31 milhões em nível moderado e 33 milhões em condição grave, considerada de fome. “Essa situação calamitosa se expressa de diversas formas. Não se resume a passar fome, mas não saber, por exemplo, se conseguirá ter acesso a um almoço com todos os nutrientes necessários ou mesmo se vai conseguir as principais refeições do dia”, disse a parlamentar sergipana, acrescentando que “independente do nível de insegurança, ela fere a dignidade. Alimentação é um direito fundamental”.
Maria lembrou que os números estão na mesma perspectiva do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que mostrou que, em 2021, 106 milhões de brasileiros viveram com R$ 415 por mês (em média, menos de R$ 14 diários), enquanto 10 milhões tinham acesso apenas a R$ 39, o que equivale a R$ 1,30 por dia. “Um dos impactos da pandemia foi a redução da renda dos cidadãos. É um efeito cascata, uma vez que se tiverem rendimentos menores, consequentemente terão menor acesso à alimentação. Sem dúvida, a população mais vulnerável sofrerá mais prejuízos”, explicou.
Quando analisados os números das regiões Norte e Nordeste, as informações são ainda mais preocupantes. Enquanto o Brasil possui índice de 15% de pessoas que estão passando fome, a taxa da população em situação de insegurança alimentar grave chega a 25%, no Norte, e 21%, no Nordeste. Nas zonas rurais, a realidade também é mais dura: a falta de alimentação chega a 60%, e a fome a 18%.
Fonte e foto assessoria
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